Era uma vez... uma menina que sonhava alto. Ela queria ser popular, alcançar o coração das pessoas e ter seu nome conhecido por muita gente. Porém, por muitas vezes, a tal garota ouvia dos outros que suas fantasias não se concretizariam, Mesmo assim, ela não se deixava abater; ia para baixo de uma mesa e fazia de lá o seu castelo encantado. As pedrinhas do jardim viravam jóias em suas pequenas mãos. Os bichinhos (seja formiga, lagartixa, sapo, gato ou cachorro de rua) ganhavam status de melhores amigos - e com direito a nome e sobrenome!
Por que resolvi falar da vida e dos sonhos dela?
Porque acho que nós, adultos, perdemos algo muito valioso: capacidade de imaginar e sonhar, além da vontade de viver o agora, o hoje. Isso só existe em quem ainda não matou a sua maior verdade. E a verdade é que viemos ao mundo para ser felizes. Porém, na busca por esta felicidade, esquecemos que, quando pequenos, somos radiantes com tudo o que temos, mesmo que esse tudo seja quase nada.
Agora vou retomar a história. Era uma vez... uma menina que cresceu, cresceu, cresceu e nunca deixou de apreciar a natureza, os bichos mais simples (aqueles quase esquecidos por todos), as pedras, os cantinhos que fazem do seu mundo um lugar cada vez mais mágico. Sim, estou falando de mim.
Constantemente, me pergunto se mereço tudo o que tenho. Nunca saberei a resposta. Mas uma coisa eu posso afirmar: sou tão feliz por minhas conquistas na vida que, se um dia eu perder tudo, continuarei extremamente agradecida pelas experiências que vivi.
Quando o fim do ano se aproxima, sempre procuro saber o que posso fazer para o meu novo ano ser melhor em relação ao anterior. Quer a resposta? Vamos lá! Olhe mais para as crianças e aprenda com elas. Por exemplo, se sentir vontade, chore! Gaste todo esse sentimento e, depois, vire a página, esqueça aquilo que te fez mal, não dê mais importância. Quando for rir, abra bem a boca, deixe o som sair a plenos pulmões. Assim mandará a mensagem de que está feliz para todo o seu corpo. E sabe o que mais as crianças nos ensinam? A sermos verdadeiros e dizer tudo que precisa ser dito. E, por mais feia que a verdade possa parecer em alguns momentos, ela sempre será mais bonita do que uma mentira.
Lendo assim nem parece difícil, né? Mas acredite, não é nada fácil! Afinal, com o tempo, nós adultos esquecemos de ser "gente" e nos transformamos em pessoas egoístas, interesseiras, manipuladoras, gananciosas... Algo que não vemos em crianças de até 6 anos de idade. Depois disso elas são influenciadas por outros valores e esquecem que a felicidade, a verdade e os sonhos andam de mão dadas.
Resolvi escrever tudo isso para, quem sabe, você que está lendo essa coluna, por alguns minutos, consiga ser criança outra vez e, tomara, tenha um Ano Novo melhor do que 2017. Desejo de coração que em 2018 você seja feliz como uma criança.