domingo, 11 de junho de 2017

O carinho de Junno por Xuxa

Em resposta à coluna da amada, o ator fala de sua relação com ela


Sempre tive uma queda pela Xu. Lembro que toda vez saía das gravações do "Xou da Xuxa" com a sensação de algo mexendo no estômago. Porém, o destino nos afastou. Em 2012, fui chamado pela produção do TV Xuxa para uma entrevista. Cheguei a relutar, pois não queria cantar em playback, muito menos coisas antigas. Aí, convidaram a banda toda e aceitei. Embora tivesse feito doce para ir, queria muito revê-la e viver de novo aqueles momentos inesquecíveis do começo da minha carreira, no final dos anos 80.

Quando cheguei ao camarim, ela já gravava o programa. Fiquei admirando a performance dela no monitor. Na minha vez, me aproximei da entrada do palco e lá estava a Xu, linda como sempre. Do alto (era uma escadinha), ela me viu. Acenei e a retribuição foi um sorriso amarelo. No entanto, eu já senti aquela coisa de novo. Pensei: “Ela ainda mexe comigo”.

Na gravação, falamos, rimos e o tempo passou rápido. Mas foi fulminante para mim. A maturidade me deu coragem para pedir seu telefone e arriscar um possível encontro. Nos descobrimos parecidos, cheios de afinidades. E isso aumenta a cada dia. A gente pode ficar juntos por horas, dias, meses e anos sem turbulência. É tanta paz que quando nos despedimos já sentimos saudade. Ela me faz rir, me faz amar, me deixa leve. Nos damos bem do sentido mais profundo ao mais corriqueiro. O olhar dela tira meus pés do chão.

Se existem almas gêmeas, eu e Xu encontramos a nossa. Temos diferenças, graças a Deus, pois aprendemos com elas. Em compensação, temos afinidade para viver até o último suspiro da nossa vida, da nossa história, do nosso amor. O básico para alguém estar junto é a admiração. A todo instante, percebo algo novo que desperta minha admiração pela Xu como mulher, empresária, artista, mãe e ser humano. Sou bobo e babão? Ahã! E acho pouco! Quero cobrir essa mulher de beijos e de poesia enquanto ela aguentar, porque tudo o que desejo é viver e envelhecer ao seu lado. E quando eu partir, podem dizer: “Esse cara viveu e conheceu um grande amor!”

Ah, o nosso amor!

Xuxa fala de sua relação com Junno...


Em novembro de 2012, recebi as pautas para a gravação do TV Xuxa. Entre as atrações estava Junno Andrade no quadro Memória X. Como assim? Sabia que ele estava na novela (Salve Jorge , no papel de Santiago), mas na minha memória?! Não me lembrava dele... Aí, pedi à produção para convidá-lo para cantar, mas não para o tal quadro.

Antes de continuar, preciso lembrar: na semana anterior, a quiróloga Regina Shakti disse que eu reencontraria uma pessoa e me casaria. Claro, não acreditei.

Voltemos ao Junno no TV Xuxa! Perguntei das músicas e ele cantou: “Um dia uma cigana leu a minha mão...” Pensei: “Será? Não pode ser”. Ao fim da gravação, ele pediu meu celular. Como eu havia mudado de número naquela semana e ainda não tinha decorado, falei que deixasse o contato dele. E pensei: “Não vou ligar”. Aí umas coisas chatas aconteceram e eu quis falar com alguém carinhoso, gentil. O Ju tinha sido tão legal, disse que eu fazia parte de momentos bacanas da sua vida... Liguei. Ele disse que não imaginava que eu telefonaria. Porém, pediu desculpas, pois estava com a filha. “É pai e a coloca em primeiro lugar. Logo, entenderá quando eu puser a Sasha na frente. Gostei!”, pensei.

Em outro momento, perguntei se fumava, bebia... Ele negou. Marquei um encontro e já o recebi com um beijo. Falamos até de madrugada. Ele foi embora com o dia clareando. Decidi não vê-lo mais. Não me pergunte o porquê disso. Acho que tinha medo de reencontrá-lo, pois nunca quis me relacionar sério com alguém. Ju quis me ver no dia seguinte e eu despistei: “Então, estou ocupada”.

Na semana seguinte, fui a São Paulo e resolvi marcar um encontro. Resposta dele: “Tô cansado, já tô até deitado de pijama”. Aff f... Como boa ariana, detesto ouvir “não” e pedi que fosse me ver. Ele foi. No dia seguinte, estava lá de novo. Após uns dias, quis apresentá-lo à minha filha, mãe, cachorro... Nunca mais me imaginei sem ele. Ju encheu minha vida de poesia, música, alegria e muito, muito amor! Que bom eu ter deixado de lado o medo de viver, de conhecer quem pudesse me fazer feliz. Deus me deu alguém que me entende no olhar, me aceita como sou, me acha linda com ou sem maquiagem, de cabelo curto ou comprido, com roupa ou sem, fica feliz comigo no hospital ou no navio... Enfim, está feliz com a minha felicidade, pelo simples fato de estar ao meu lado. O que mais gosto nele? O cheiro, o gosto, a voz, o corpo, o caráter, o humor, o sorriso... Por tudo isso, digo e repito: quero morrer ao lado dele.